domingo, 28 de janeiro de 2024

CONCURSO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA: "JOÃO TABORDA MEMORIAL SALON"


 


Depois do “João Taborda Memorial Salon“, salão internacional de fotografia organizado online, com o reconhecimento de importantes sociedades fotográficas internacionais, este ano realiza-se o “João Taborda Portuguese Salon”. Ambos os salões homenageiam o médico e fotógrafo (por paixão) português, que dá nome a estes certames e que recebeu ao longo da vida inúmeros prémios internacionais . Durante anos, este médico foi júri permanente do Salão Internacional do Algarve que viria a terminar por motivos económicos, o que considerou uma perda enorme para a fotografia portuguesa, facto que o levou a sonhar sempre com a criação de um salão internacional português de fotografia.

Conforme explica Fátima Taborda, que está a assegurar a realização desse sonho que João Taborda já não conseguiu concretizar, o concurso “João Taborda Portuguese Salon” mantém como único objetivo “divulgar a excelência da fotografia que se faz em Portugal e o papel relevante que esta poderá ocupar na arte fotográfica internacional. Neste momento, torna-se premente que o nosso país se imponha no mundo fotográfico mundial”, explica, alertando que o nome do país está “a ser usado de forma abusiva”. Para o sucesso do salão é essencial a boa adesão dos amantes de fotografia portugueses. Fátima Caeiro Taborda espera um sucesso pelo menos idêntico ao do ano passado: “É com enorme felicidade que posso informar que o número global de participantes em 2023 foi de 192, provenientes de 48 países, sendo 22% de nacionalidade portuguesa. E o número total de fotografias a concurso ascendeu a 2911!”

Entre os vencedores houve diversos fotógrafos portugueses: Jorge Bacelar, André Boto, Fernando Penim Redondo, Ana Marta Bastos e Jorge Gonçalves Silva entre outros. “Posteriormente foi efetuada uma exposição pública de todos os trabalhos premiados na Biblioteca Orlando Ribeiro em Lisboa”.

O prazo de candidatura ao concurso deste ano termina a 15 de Maio de 2024 e destina-se a todos os amantes de fotografia, fotógrafos amadores e profissionais que podem aceder ao site aqui: https://theiaap.com/e/joaotaborda/

Do site da Ordem dos Médicos


terça-feira, 9 de janeiro de 2024

SER MORTAL

                                                                       


Como é que enfrentamos o envelhecimento das pessoas que amamos? Apesar de trabalhar há anos como cirurgião, Atul Gawande só se apercebeu até que ponto estava mal preparado para lidar com a morte quando foi confrontado com a decadência do pai. Estaria o pai disposto a viver até onde fosse medicamente possível? Ou só enquanto tivesse qualidade de vida? E em casa ou num lar? O que era realmente importante? As respostas, não lhe eram dadas por uma ciência cada vez mais desumanizada. A medicina, com todos os extraordinários progressos tecnológicos, tem vindo a centrar-se cada vez mais em (apenas) manter os pacientes vivos. O coração falha? Há cirurgias, próteses e transplantes. O resto pouco importa. Na pior das hipóteses o paciente volta ao bloco operatório para nova intervenção. Esquecida fica assim a vida nos intervalos das consultas e cirurgias. No entanto, conforme defende Gawande, devemos encarar a medicina como uma forma de prolongar a qualidade de vida. Existem geriatras, lares, hospitais, unidades de cuidados paliativos que oferecem aos pacientes dignidade, auto-estima, autonomia. Provam que o fim pode ser (re)escrito de outra maneira - muito mais feliz. Leitura obrigatória para quem envelhece ou testemunha a velhice, Ser Mortal é o melhor e mais pessoal livro de Atul Gawande. Filosófico por vezes, comovente quase sempre, é a corajosa narrativa de um médico que conhece os limites da ciência, mas também o modo como ela nos pode servir melhor.


O Autor

Atul Gawande é cirurgião, escritor e investigador na área de Saúde Pública. Pratica Cirurgia Geral e Endócrina no Brigham and Women’s Hospital. Dá aulas no Departamento de Política e Gestão de Saúde na Faculdade de Saúde Pública de Harvard e também de Cirurgia Geral na Faculdade de Medicina de Harvard. Dirige o Ariadne Labs, um centro de inovação em sistemas de saúde, e preside à Fundação Lifebox, uma ONG que procura melhorar a prestação dos cuidados de saúde a nível global, ajudando os países com menos recursos.

Nos quadros da revista New Yorker desde 1998, escreveu três bestsellers do New York Times: A Mão Que Nos Opera (finalista do National Book Award), Ser Bom Não Chega e O Efeito Checklist (publicados pela Lua de Papel). Recebeu dois National Magazine Awards, ganhou a MacArthur Fellowship e o prémio Lewis Thomas para Obras sobre Ciência.


Edição da Lua de Papel