segunda-feira, 30 de novembro de 2020

O CÉREBRO CONSCIENTE

 


Uma Longa História da Vida

Joseph LeDoux

Sinopse

Um dos mais reputados neurocientistas de hoje apresenta-nos uma história da evolução da vida, desde os organismos unicelulares até à complexidade dos animais e humanos atuais.

Este passeio apaixonante pela evolução da vida terrestre lança uma nova luz sobre o modo como os sistemas nervosos evoluíram nos animais, como se desenvolveu o cérebro e o que significa ser humano. Viajando ao longo da linha do tempo da evolução, mostra como até os organismos unicelulares mais primitivos tiveram de resolver problemas semelhantes aos que nós e as nossas células enfrentamos diariamente. Pelo caminho, examina o nosso lugar na natureza, de que maneira a evolução dos sistemas nervosos potenciou a capacidade dos organismos para sobreviverem e prosperarem, e como o aparecimento daquilo a que a espécie humana chama «consciência» possibilitou não só os seus atos mais belos mas também os mais horrendos.

 

«Uma defesa consistente do sentimento e da consciência humanos como processos cognitivos de ordem superior. Não precisamos de concordar com todas as ideias de Joseph LeDoux  - mas eu concordo com muitas delas - para admirarmos a qualidade do seu livro e para o felicitarmos.»
António Damásio, autor de A Estranha Ordem das Coisas

«Joseph LeDoux conseguiu uma síntese notável e personalizada de zoologia, neurociência, psicologia e filosofia. O tema central é o aparecimento da consciência mediante a evolução dos sistemas nervosos e dos comportamentos por eles controlados: não a árvore da vida, mas a árvore da consciência, e aonde nos poderá levar. Uma leitura assombrosa, que alarga os nossos horizontes.»
Trevor Robbins, Universidade de Cambridge, vencedor do Brain Prize de 2014


O Autor

Joseph LeDoux nasceu em 1949 na Luisiana (EUA). É professor da cátedra Henry and Lucy Moses de Ciência e de Ciência Neural, Psicologia, Psiquiatria e Psiquiatria Infantil e Juvenil na Universidade de Nova Iorque. Dirige o Emotional Brain Institute desta universidade e o Nathan Kline Institute for Psychiatric Research, é vice-diretor do Max Planck-NYU Center for Language, Music, and Emotion e membro da National Academy of Sciences dos EUA. Autor dos livros AnxiousSynaptic Self e The Emotional Brain, entre outros, é também cantor e compositor na banda de folk-rock The Amygdaloids, e no duo acústico So We Are.

Da capa e da contracapa


Editado pela  Temas e Debates - Círculo de Leitores em 2020


UM OLHAR SOBRE A POBREZA

 






Vulnerabilidade e exclusão social no Portugal contemporâneo

 

Em Portugal, a pobreza continua, de modo geral, a ser entendida como fenómeno residual e periférico. Os programas de combate à pobreza têm sido, igual e maioritariamente, residuais e periféricos. São residuais, na medida em que constituem um acrescento marginal às políticas económicas e sociais; e são periféricos porque não atingem os factores estruturais que residem na sociedade dominante (mainstream society).

Este é um livro sobre problemas estruturais da sociedade portuguesa. A «fragilidade» estrutural da sociedade portuguesa ressalta bem evidente no estudo longitudinal da pobreza em Portugal. Com efeito, durante pelo menos um dos anos do período entre 1995 e 2000 passaram pela pobreza 46% de portugueses.

Entendem, pois, os autores que esta deve ser uma dimensão de referência de qualquer plano de combate à pobreza em Portugal, dado que este é um fenómeno seguramente mais extenso do que o retrato instantâneo captado pelas taxas de pobreza anual.

Atendendo à quase manutenção ou redução diminuta da taxa de pobreza em Portugal durante as duas décadas de integração europeia, parece evidente que os consideráveis recursos públicos e privados despendidos durante esse tempo não atingiram as verdadeiras causas da pobreza. É, pois, chegado o momento de uma séria reflexão sobre o assunto.

A precariedade laboral, embora factor de vulnerabilidade acrescida à pobreza, não constitui traço característico da situação laboral da grande maioria das pessoas pobres, pelo que, a este nível, as causas da pobreza devem ser procuradas em aspectos mais profundos do mercado de trabalho.


Por outro lado, são fundamentais medidas decisivas e eficazes que permitam eliminar ou reduzir drasticamente a situação de pobreza dos pensionistas, que representam um terço das pessoas pobres em Portugal.

Este livro põe em evidência que a pobreza, enquanto problema persistente da sociedade portuguesa, exige soluções que dependem não apenas de políticas sociais, certamente indispensáveis, mas também da política económica.

Os Autores

Alfredo Bruto da Costa tem larga experiência de estudo e investigação no domínio da pobreza, tema do seu doutoramento na Universidade de Bath (Reino Unido). Leccionou em diversos cursos de licenciatura e mestrado.

Isabel Baptista, antropóloga, Pedro Perista e Paula Carrilho, sociólogos, desenvolvem o seu trabalho de investigação no CESIS - Centro de Estudos para a Intervenção Social, entidade promotora deste estudo e que condensa vasta experiência de investigação no domínio da pobreza e da exclusão social.

Da contracapa 

 

Editado pela Gradiva em 2008

Nota de rodapé

Publicado em 2008 e infelizmente ainda muito actual.


sábado, 28 de novembro de 2020

NARRAÇÃO DA INQUISIÇÃO DE GOA


 

Charles Dellon

Edições Antígona, 1996


Notas de leitura

O título pouco me disse quando deparei há alguns anos com este livro no escaparate de uma livraria. 

Goa?!   da fúria inquisitorial nessas paragens pouco sabia, apenas tinha conhecimento do facto espantoso da condenação pelo Tribunal do Santo Ofício em 1580 - doze anos após a sua morte - do médico Garcia de Orta por judaísmo, do que resultou a exumação dos seus restos mortais que depois foram lançados à fogueira. Já em 1569, a sua irmã Catarina tinha sido queimada viva pelo crime de judaísmo, num auto-de-fé em Goa.

Mas … voltemos a este livro, é a primeira vez que leio um relato na primeira pessoa de alguém que caiu na teia dos processos da Inquisição e que  nos deixou um testemunho,  muito bem narrado, dos  anos de tormentos vividos nas masmorras do Santo Ofício.

Quem foi Charles Dellon?  Um médico francês, católico, nascido em 1649 e falecido provavelmente em 1709. Depois de ter passado por Cabo Verde, ilha da Reunião e Moçambique, fixou-se em Damão em 1673 para exercer a sua profissão. Vítima do obscurantismo, foi acusado de heresia e no mesmo ano foi preso em Goa, onde começou a sua tragédia.

Assim, se quiser saber “tudo” sobre este período de trevas da nossa História, que se prolongou por quase três séculos, comece por este livro. FC


sexta-feira, 27 de novembro de 2020

O JUDEU


Camilo Castelo Branco


Romance histórico paradigmático da obra camiliana, O Judeu , que serviu de inspiração à peça homónima de Bernardo Santareno, é uma saga que acompanha quatro gerações de uma família numa das épocas mais conturbadas da nossa história.

Se os elementos são os clássicos de um qualquer romance do estilo - um conflito familiar, uma história de obsessão, um tesouro escondido, várias histórias de amor não correspondido e algumas paixões numa narrativa que atravessa dois continentes e vários países, um anel com um segredo, traições e perseguições - Camilo coloca-se acima do estereótipo do romance histórico romântico e as suas notas e comentários assumem uma modernidade extraordinária. 

Muito provavelmente, este romance de 1866 é o mais notável libelo contra a discriminação da literatura portuguesa.

«É impossível que o leitor não associe os crimes monstruosos da Inquisição do passado aos crimes não menos monstruosos dos opressores e tiranos dos tempos modernos.»

Alexandre Cabral

Da contracapa

Editado pela E- Primatur em 2016 


terça-feira, 24 de novembro de 2020

O DESENVOLVIMENTO COMO LIBERDADE

 


Amartya Sen


AMARTYA SEN, galardoado em 1998 com o Prémio Nobel de Economia, apresenta uma obra notável que coloca a liberdade individual no âmago de uma análise compreensiva da economia global de hoje. O papel das várias instituições - compreendendo o mercado, os meios de comunicação, o estado, as forças de oposição e as organizações não governamentais - é visto no contexto de um enquadramento amplo e integrado. Esta obra centra-se na liberdade, como o fim básico e como o meio mais eficaz para a sustentabilidade da vida económica e para o combate à pobreza e à insegurança no mundo contemporâneo. São as fundações de uma mudança de paradigma na concepção das exigências do desenvolvimento económico - quer para ricos, quer para pobres - para o século XXI.


«Uma nova abordagem... Inovadora, vigorosa e humana. As propostas, optimistas mas realizáveis, de Sen levam-nos a pressentir que talvez haja solução.»
Business Week

«Os pobres e desprovidos do mundo não poderiam ter, entre os economistas, outro defensor tão rigoroso e arguto como Amartya Sen. Ao mostrar que a qualidade das nossas vidas não deveria ser medida pela nossa riqueza mas sim pela nossa liberdade, os seus escritos revolucionaram a teoria e a prática do desenvolvimento.»

Kofi Annan, Secretário-Geral das Nações Unidas


«Amartya Sen desenvolve exaustivamente, com elegância e consistência, a concepção de que o desenvolvimento económico é, por natureza, um alargamento da liberdade. Com exemplos históricos, dados empíricos e uma análise convincente e rigorosa, mostra como o desenvolvimento, concebido ampla e adequadamente, não pode ser adverso à liberdade, consistindo precisamente no seu reforço.»

Kenneth J. Arrow, Prémio Nobel e Professor Emérito de Economia, Universidade de Stanford


«A perspectiva apresentada e defendida por Sen reveste-se de grandes atractivos. Entre estes, o principal é o de, superando o estéril debate de por ou contra o mercado, facilitar a colocação de questões mais importantes sobre as políticas públicas»

The Economist

Da contracapa

Editado pela Gradiva em 2003


segunda-feira, 23 de novembro de 2020

TARASS BULBA o cossaco

 




Nicolau Gogol


"Uma grande pequena obra-prima, um «Guerra e paz» com a Ucrânia como pano de fundo. Empolgante e brilhante." Hugh Walpole

A primeira grande obra de Nikolai Gogol foi esta novela que se desenrola numa Ucrânia dividida entre o domínio Russo e Polaco.

Regressados de Kiev, Tarass Bulba e os seus dois filhos, Ostap e Andriy, vêm indignados com o regime de paz podre imposto por um tratado de paz caduco que permite que o católico rei polaco com a ajuda dos mercadores judeus, sujeitem as populações de cristãos ortodoxos ocupadas a uma exploração inenarrável.

Ostap, como o pai, é um cossaco irrascível com apetites bélicos e sede de aventura mas Andriy desenvolveu uma paixão pela cultura e pela educação, para não falar de uma paixão pela jovem filha do governador polaco de Kiev.

Tarass Bulba e Ostap arrastam Andriy e sublevam o acampamento dos soldados cossacos incentivando-os a romper o tratado de paz. Nas várias aventuras que se seguem, o cerco do castelo de Dubno é o momento da verdade para o jovem Andriy quando descobre que a sua amada está no castelo e, como boa parte da população, a morrer de fome e sede.

O que se segue é uma ruptura familiar que espelha a divisão do país e termina num conflito sangrento.

Esta edição integra a primeira versão da obra que foi condenada e censurada pelas entidades estatais russas por ser "demasiado ucraniana" e a versão posterior (e mais alargada) numa edição única a nível europeu.

Editado pela Editora E-Primatur em 2017

Nota de rodapé

Li esta obra-prima na adolescência, uma edição da Portugália Editora que ainda guardo. É a grande Literatura Russa com todo o seu fulgor. Em boa hora a Editora E Primatur editou esta obra.

domingo, 22 de novembro de 2020

CÂNDIDO

 



Voltaire

 

“…depois do jantar….Cunegundes e Cândido encontraram-se atrás de um biombo. Cunegundes deixou cair o lenço, Cândido apanhou-o; ela segurou-lhe inocentemente a mão; o jovem beijou-lhe inocentemente a mão com uma vivacidade, uma sensibilidade, uma graça, muito particulares; as bocas encontraram-se, os olhos inflamaram-se, os joelhos tremeram, as mãos desatinaram. O Sr Barão de Thunder-ten-tronckh passou ao pé do biombo e, vendo esta causa e este efeito, expulsou Cândido do castelo aos pontapés no rabo. Cunegundes desmaiou. Quando voltou a si, foi esbofeteada pela Srª Baronesa e houve uma grande consternação no mais belo e agradável dos castelos possíveis”.

Começaram assim as desventuras de Cândido, que uma forçada peregrinação pelo mundo, com escala em Lisboa, onde o surpreende o terramoto de 1755, obriga a reconhecer que, ao contrário do que lhe ensinara Pangloss, este mundo não é afinal o melhor dos mundos possíveis.

É uma das mais célebres obras de Voltaire, onde o leitor poderá saborear toda a força da ironia alegre mas mordaz daquele que foi um dos principais precursores da Revolução Francesa.

Da contracapa

Editado pelas Publicações Europa-América em 1973

 


 

CÂNDIDO OU O OPTIMISMO

 




Voltaire

 

Cândido, ou o Optimismo foi pela primeira vez publicado em 1759. Sabendo à partida que o livro seria proibido, Voltaire optou por uma edição clandestina que rapidamente atingiria níveis de vendas extraordinários para a época. Seguir‑se‑iam centenas, senão milhares, de edições ao longo dos séculos XIX e XX.

 A presente tradução, a partir de um exemplar da primeira edição guardado na Biblioteca Nacional de França, procura reabilitar o texto na sua versão inicial, preservando as características típicas do discurso de Voltaire nos seus «contos filosóficos»: frescura, liberdade de forma e imaginação.

A ideia é que, apesar de traduzido, o leitor possa ler Voltaire e não os seus editores e fixadores de texto dos quase 250 anos que entretanto passaram.

As notas e o posfácio desta edição ajudam a compreender mais profundamente os sentidos e as referências de Cândido, bem como a sua relação com Portugal no tempo do Grande Terramoto.

 

Editado pela Editora Tinta da China em 2012

 

O MUNDO DE ONTEM

 





Stefan Zweig


O Mundo de Ontem é um ensaio autobiográfico do autor Stefan Zweig, que relata o período conturbado entre as duas grandes guerras mundiais. É o retrato de um mundo desaparecido – o da Europa anterior a 1914 e o da cidade do autor, Viena. Com a sua mestria, Zweig - um dos autores mais lidos do século XX - capta o sentimento europeu pré-guerra e o surgimento do radicalismo nacionalista. Trata-se de um impressionante testemunho de quem viveu, da pior forma, as consequências da guerra e da barbárie Humana.

Esta obra teve muito recentemente a sua adaptação cinematográfica, intitulada Stefan Zweig – Adeus à Europa, sob direcção de Maria Schrader.


Da contracapa

Editado pela Editora Aletheia em 2017

 

 

MORTE NO PARAÍSO

 

A tragédia de Stefan Zweig

Alberto Dines

 

A biografia de um biógrafo é um jogo que se faz com espelhos e lentes. A de Stefan Zweig, o famoso escritor austríaco que viu no Brasil o “País do Futuro”, exige outros instrumentos.

Explicar as razões do suicídio em Petrópolis daquele que foi um dos autores internacionais de maior sucesso na primeira metade do século passado requer uma equipa: um repórter diligente, um escritor sensível,  um historiador experimentado, um psicólogo atento e, sobretudo, alguém disposto a oferecer à personagem o manto da compreensão.

Dines lançou em 1981 e 1982 as primeiras edições de Morte no Paraíso, a Tragédia de Stefan Zweig e foi saudado como precursor de uma nova geração de biógrafos.

Não contente, duas décadas depois, oferece uma visão ainda mais ampla, profunda e tocante, “no lugar de uma aguarela, uma água-forte”.

O mundo de ontem transformado em hoje, com a presença do mestre e amigo Sigmund Freud, do guia espiritual Romain Rolland, do protegido Joseph Roth, do parceiro musical Richard Strauss. Ao fundo, a explosiva e fascinante Viena, a incrível ascensão de Adolf Hitler, o horror da Segunda Guerra Mundial, o drama dos refugiados, a insensibilidade de Salazar e o oportunismo de Getúlio Vargas.

Uma biografia que é também uma viagem pelo tempo, mergulho no passado para entender o presente.

Da contracapa


Editado pelo Círculo de Leitores em 2005


sábado, 21 de novembro de 2020

COMO SE FAZ UM FILÓSOFO



Colin McGinn


Como se Faz Um Filósofo acompanha o percurso de Colin McGinn, filho e neto de mineiros, originário de Blackpool; na infância o melhor que poderia aspirar seria a uma carreira na construção civil ou como baterista num grupo de rock.

Porém, durante a adolescência descobre Descartes e apaixona-se pela Filosofia. Sendo o primeiro da sua família a ingressar na universidade, a escolha da Filosofia não era a mais óbvia ou a mais bem aceite e assim começa pela Psicologia. Posteriormente decide-se em definitivo por aquela, tendo de enfrentar a perplexidade dos pais e da família.

O que faz um filósofo?

Como vive?

De que se sustenta?

Desde a infância em Inglaterra até à partida para a América McGinn guia-nos de forma apaixonante pelo que foi a evolução do seu pensamento e a sua maturação como filósofo.

Apresenta uma perspectiva contemporânea das grandes figuras da Filosofia do século XX, (incluindo Bertrand Russell, Jean-Paul Sartre, Noam Chomsky, entre outros), conta as histórias dos professores que o marcaram, as suas aventuras com os jogos de vídeo, o seu gosto pelo mar, os seus breves encontros com Jennifer Anniston ou Spielberg, sempre numa prosa elegante, clara e acutilante.

Dos estudantes de Filosofia ao leitor comum, todos se deixarão prender pela vivacidade das páginas escritas por McGinn.

 Da contracapa

Editado pela Editorial Bizâncio em 2007

OS VIVOS E OS OUTROS

 



José Eduardo Agualusa

José Eduardo Agualusa nunca foi tão longe no lirismo da sua prosa – nem, ao mesmo tempo, no desenho de personagens tão reais que parecem inventadas.

Para onde vamos depois do fim? Talvez para uma pequena ilha, pois, como diz uma das personagens deste romance, «depois que o mundo acabar, recomeçará nas ilhas». 

Daniel Benchimol, personagem de A Sociedade dos Sonhadores Involuntários e Teoria Geral do Esquecimento, regressa logo na primeira página do novo livro de Agualusa. O cenário é o da beleza única e mágica da Ilha de Moçambique – onde decorre um festival literário que reúne três dezenas de escritores africanos que, na sequência de uma violentíssima tempestade no continente (e de um evento muito mais trágico, que só depois se revelará), permanecerão totalmente isolados durante sete dias. Mas a história leva-nos mais longe: a uma série de estranhos e misteriosos acontecimentos, que colocam em causa a fronteira entre realidade e ficção, passado e futuro, a vida e a morte, e inquietam os escritores e a população local. 

                                                                                                                     Da contracapa


Editado pela Editora Quetzal em 2020


DANÚBIO

 


Claudio Magris

Ao longo do rio que cruza os destinos do Oriente e do Ocidente, do cristianismo e do Islão, mas também da literatura. 

Clássico da literatura de viagens e do «romance geográfico», Danúbio reinventa e descreve o mundo da poliglota e pluricultural Mitteleuropa – a Europa Central – ao longo do rio que cruza os destinos do Oriente e do Ocidente, do cristianismo e do Islão, mas também da literatura (que evoca permanentemente) e da memória dos monumentos, ruas e fantasmas que habitam as cidades dessa geografia. 

Essa viagem pelo Danúbio (atravessando a Alemanha, a Áustria, a Hungria, a antiga Jugoslávia, a Roménia e a Turquia), o grande rio europeu, é a viagem pelo imaginário do nosso continente. Não é uma viagem pela História ou pela política, não obedece à cronologia – apenas observa a geografia e o espírito do lugar, misturando histórias dos livros com histórias humanas e quotidianas, como um guia sentimental do território.

«O génio de Danúbio é lembrar-nos que um livro pode existir para inventar um mundo.» 

The Guardian

 Da contracapa


Editado pela Editora Quetzal em 2020

PORQUÊ LER OS CLÁSSICOS ?



 

Um clássico é um livro que nunca acabou de dizer o que tem a dizer

 Italo Calvino

 

.Os clássicos são livros de que se costuma ouvir dizer: «Estou a reler…» e nunca: «Estou a ler…»

Um clássico é um livro que nunca acabou de dizer o que tem a dizer.

Os clássicos são livros que quanto mais se julga conhecê-los por ouvir falar, mais se descobrem como novos, inesperados e inéditos ao lê-los de facto.

Chama se clássico um livro que se configura como equivalente do universo, tal como os antigos talismãs.

O nosso clássico é o que não pode ser-nos indiferente e que nos serve para nos definirmos a nós mesmos em relação e se calhar até em contraste com ele.


A partir destas e de outras definições de clássicos que nos oferece no primeiro capítulo, Calvino vai dar resposta à pergunta que dá o título a este livro, numa série de brilhantíssimos ensaios que percorrem alguns dos pontos mais altos da literatura e do pensamento mundiais. A Odisseia, Xenofonte, Ovídio, Plínio, o Velho, Tirant lo Blanc, Ariosto, Galileu, Robinson Crusoe, Cândido, Diderot, Stendhal, Balzac, Dickens, Flaubert, Tolstoi, Henry James, Robert Louis Stevenson, Conrad, Hemingway, Borges e muitos outros autores e obras definitivamente clássicos.


«Nesta obra de Calvino só faltará, talvez, a referência a um outro clássico indiscutível. Ele próprio.»
Notícias Magazine

Da contracapa

Editado pelas Publicações D.Quixote em 2015.

EM JEITO DE APRESENTAÇÃO....

Visitar este blogue é como deambular por uma livraria imaginária onde o leitor encontrará nos escaparates novidades, livros que resistiram ao tempo e autores, uns muito lidos, outros menos e alguns injustamente votados ao esquecimento.

Esta é uma “livraria” generalista, nela encontrará estantes dedicadas a:

temas da actualidade, ficção de língua portuguesa ou traduzida, biografias, filosofia, bioética, história, história da arte, antropologia, economia ou ainda divulgação de ciência.

A lista estará sempre aberta. Para lá das suas paredes estão os livros típicos de supermercado.

Aconselho-o a não ter pressa, esteja à vontade, parta à descoberta dos universos dos escritores, retire os volumes que lhe aguçam a curiosidade, ah… já me esquecia pode sentar-se, tem sofás confortáveis, e repouse  os olhos nas sinopses ou apresentações das contracapas e nas notas biográficas dos autores. Saboreie…

Este blogue nasce assim, mas a qualquer momento pode tomar o freio nos dentes e seguir em direções inesperadas…quem sabe…

Está convidado, agora entre por favor e…boas leituras!