Mostrar mensagens com a etiqueta Voltaire. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Voltaire. Mostrar todas as mensagens

domingo, 22 de novembro de 2020

CÂNDIDO

 



Voltaire

 

“…depois do jantar….Cunegundes e Cândido encontraram-se atrás de um biombo. Cunegundes deixou cair o lenço, Cândido apanhou-o; ela segurou-lhe inocentemente a mão; o jovem beijou-lhe inocentemente a mão com uma vivacidade, uma sensibilidade, uma graça, muito particulares; as bocas encontraram-se, os olhos inflamaram-se, os joelhos tremeram, as mãos desatinaram. O Sr Barão de Thunder-ten-tronckh passou ao pé do biombo e, vendo esta causa e este efeito, expulsou Cândido do castelo aos pontapés no rabo. Cunegundes desmaiou. Quando voltou a si, foi esbofeteada pela Srª Baronesa e houve uma grande consternação no mais belo e agradável dos castelos possíveis”.

Começaram assim as desventuras de Cândido, que uma forçada peregrinação pelo mundo, com escala em Lisboa, onde o surpreende o terramoto de 1755, obriga a reconhecer que, ao contrário do que lhe ensinara Pangloss, este mundo não é afinal o melhor dos mundos possíveis.

É uma das mais célebres obras de Voltaire, onde o leitor poderá saborear toda a força da ironia alegre mas mordaz daquele que foi um dos principais precursores da Revolução Francesa.

Da contracapa

Editado pelas Publicações Europa-América em 1973

 


 

CÂNDIDO OU O OPTIMISMO

 




Voltaire

 

Cândido, ou o Optimismo foi pela primeira vez publicado em 1759. Sabendo à partida que o livro seria proibido, Voltaire optou por uma edição clandestina que rapidamente atingiria níveis de vendas extraordinários para a época. Seguir‑se‑iam centenas, senão milhares, de edições ao longo dos séculos XIX e XX.

 A presente tradução, a partir de um exemplar da primeira edição guardado na Biblioteca Nacional de França, procura reabilitar o texto na sua versão inicial, preservando as características típicas do discurso de Voltaire nos seus «contos filosóficos»: frescura, liberdade de forma e imaginação.

A ideia é que, apesar de traduzido, o leitor possa ler Voltaire e não os seus editores e fixadores de texto dos quase 250 anos que entretanto passaram.

As notas e o posfácio desta edição ajudam a compreender mais profundamente os sentidos e as referências de Cândido, bem como a sua relação com Portugal no tempo do Grande Terramoto.

 

Editado pela Editora Tinta da China em 2012