terça-feira, 31 de janeiro de 2023

NÓMADA



 


João Luís Barreto Guimarães

Prémio Pessoa, 2022

 

“É um poeta do excelente.”

António Lobo Antunes. Expresso

 

“É um trabalho oficinal, quase sempre minucioso, feito verso a verso,

com parênteses que comentam e modulam e com fórmulas inesperadas.”

Pedro Mexia. Diário de Notícias

 

“O nome de João Luís Barreto Guimarães é absolutamente central

no quadro da evolução da linguagem poética portuguesa.”

António Carlos Cortez. Jornal de Letras

Da contracapa

 

O Autor

Além de poeta e tradutor, João Luís Barreto Guimarães, que nasceu no Porto em junho de 1967, é médico, professor de poesia no ICBAS/Universidade do Porto, e publicou o primeiro livro de poemas, Há Violinos na Tribo, em 1989. Depois desse, seguiram-se Rua Trinta e Um de Fevereiro (1991), Este Lado para Cima (1994), Lugares Comuns (2000), 3 (poesia 1987-1994), em 2001, Rés-do-Chão (2003), Luz Última (2006) e A Parte pelo Todo (2009). 

Seguiram-se na Quetzal Editores, Poesia Reunida de 2011; Você está Aqui (2013), traduzido em Itália; Mediterrâneo (2016) distinguido com o Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa e publicado em Espanha, Itália, França, Polónia e Egipto; Nómada (2018) distinguido com o Prémio Livro de Poesia do Ano Bertrand e com o Prémio Literário Armando da Silva Carvalho, publicado também em Itália; a antologia O Tempo Avança por Sílabas (2019), editada também na Croácia, Macedónia e Brasil; e Movimento (2020). Finalista do Premio Internazionale Camaiori, em Itália, com Mediterraneo, em 2019, e Nomade, em 2020, recebeu o Willow Run Poetry Book Award 2020, nos EUA, com Mediterranean.

Está representado em antologias e revistas literárias de Portugal, Espanha (castelhano e catalão), França, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Alemanha, Áustria, Itália, Hungria, Bulgária, Roménia, Eslovénia, Sérvia, Croácia, Montenegro, Macedónia, México, Uruguai, Chile, República Dominicana, Estados Unidos, Canadá e Brasil. Leu a sua poesia no México, Estados Unidos, Espanha, Alemanha e Croácia. Recebeu o Prémio Criatividade Nações Unidas em 1992. Além da Medicina, divide o seu tempo entre o Porto (frente ao rio) e Venade (no coração da serra, perto de Caminha, Alto Minho).

É autor do blogue: joaoluisbarretoguimaraes.blogspot.com

 

Edição da Quetzal Editores


Nota de rodapé

Sugiro a leitura da excelente entrevista conduzida por Anabela Mota Ribeiro a João Luís Barreto Guimarães e a Jorge Sousa Braga, disponível em:  https://anabelamotaribeiro.pt/joao-luis-barreto-guimaraes-e-jorge-70395

FC

 

 



 



sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

BIBLIOTECA PESSOAL

 


Jorge Luís Borges

 

Jorge Luis Borges tornou-se o emblema do bom leitor, do verdadeiro amante e erudito da literatura. Borges imaginou o paraíso como uma biblioteca e foi bibliotecário por muitos anos, vivendo essa profissão como a de um guardião do tesouro das letras. Em 1985, foi-lhe pedida a criação de uma «biblioteca pessoal», que contaria com cem grandes obras. Borges morreu em 1986, antes que pudesse concluir esse projeto, mas deixou uma lista de livros que refletem as suas preocupações e gostos literários, bem como os prólogos dos primeiros sessenta e quatro títulos da série: «Desejo que esta biblioteca seja tão variada quanto a curiosidade que a mesma induziu em mim.»

Sinopse da Editora

O Autor

Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo nasceu em Buenos Aires, em 24 de agosto de 1899, e morreu em Genebra, em 14 de junho de 1986. Em 1923, publicou o seu primeiro livro, mas o reconhecimento internacional só chegou em 1961, com o Prémio Formentor, que partilhou com Beckett. A par da poesia, Borges escreveu ficção, crítica e ensaio. Foi professor de literatura e dirigiu a Biblioteca Nacional de Buenos Aires entre 1955 e 1973. A sua obra é como o labirinto de uma enorme biblioteca, uma construção fantástica e metafísica que cruza todos os saberes e os grandes temas universais.

Edição da Quetzal Editores

 

Nota de rodapé

Em boa hora a Quetzal editou esta obra de Borges. No final dos anos 90 só consegui encontrar este livro em castelhano, publicado então pela Alianza Editorial. Cada um dos sessenta e quatro prólogos de livros de outros tantos escritores, escritos pelo autor do O Fazedor, é uma pequena lição de literatura e um guia para leituras futuras. Curiosamente, algumas obras selecionadas não são as mais representativas ou conhecidas dos seus autores.

Kafka, Gide, Ibsen, Dostoievski, Cortazar, H. G. Wells, E. O´Neill, Melville, G. Papini,  J. Conrad, Bernard Shaw, Oscar Wilde, Flaubert, Marco Polo, F. Quevedo, Herodoto, Kypling, Swift, Stevenson, H. James, Voltaire, são alguns dos grandes autores que fazem parte desta biblioteca, para além do nosso genial Eça de Queiróz, representado pelo O Mandarim (1880) uma magnífica  história fantástica.

Borges julgava-se assim: “No sé si soy un buen escritor; creo ser un excelente lector o, en todo caso, un sensible y agradecido lector”. F.C.

 

 


quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

ESTAÇÃO DAS CHUVAS




José Eduardo Agualusa

 

Biografia romanceada de Lídia do Carmo Ferreira, poetisa e historiadora angolana, misteriosamente desaparecida em Luanda, em 1992, após o recomeço da guerra civil, transporta-nos desde o início do século até aos nossos dias através de um cenário violento e inquietante. Um jornalista (o narrador) tenta descobrir o que aconteceu a Lídia, reconstruindo o seu passado e recuperando a história proibida do movimento nacionalista angolano; pouco a pouco, enquanto a loucura se apropria do mundo, compreende que o destino de Lídia já não se distingue do seu.

Sinopse da Editora

 

O Autor

José Eduardo Agualusa nasceu na cidade do Huambo, em Angola, a 13 de dezembro de 1960. Estudou Agronomia e Silvicultura. Viveu em Lisboa, Luanda, Rio de Janeiro e Berlim. É romancista, contista, cronista e autor de literatura infantil. Os seus romances têm sido distinguidos com os mais prestigiados prémios nacionais e estrangeiros, como, por exemplo, o Grande Prémio de Literatura RTP (atribuído a Nação Crioula, 1998); também os seus contos e livros infantis foram merecedores de prémios, como o Grande Prémio de Conto da APE e o Grande Prémio de Literatura para Crianças da Fundação Calouste Gulbenkian, respetivamente. O Vendedor de Passados ganhou o Independent Foreign Fiction Prize, em 2004, e, mais recentemente, o romance Teoria Geral do Esquecimento foi finalista do Man Booker Internacional, em 2016, e vencedor do International Dublin Literary Award (antigo IMPAC Dublin Award), em 2017.

Edição da Quetzal

 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

O CASO CLÍNICO DE EÇA DE QUEIRÓZ

 

 Irineu Cuz


A partir de limitada informação com significado clínico, faz-se um estudo

da enigmática doença do romancista Eça de Queiróz, que lhe roubou a vida

aos 55 anos de idade. Tecem-se considerações de ordem clínica, por vezes

imbuídas de inerente subjectividade, com base em fragmentos da sua

correspondência com amigos e familiares e em observações mais objectivas

de alguns dos melhores autores da Geração de 70. A evolução da sua

doença, agravada progressivamente, é avaliada ao longo da diáspora que

constituiu a sua vida. Faz-se uma discussão clinica à luz dos conhecimentos

actuais, que afasta o estigma do diagnóstico de tuberculose entérica ou de

uma hipotética amebíase intestinal, mais recentemente aventada. Discute-se

o diagnóstico diferencial de uma síndroma de má absorção que teria

afectado durante mais de vinte anos o romancista. Conclui-se admitindo a

hipótese de Eça de Queiróz sofrer de uma arrastada doença inflamatória

intestinal, provavelmente a doença de Crohn, e de ter sido vítima das suas

complicações. Aflora-se também a possibilidade de existir uma relação

desta sua doença crónica desgastante com o facto de algumas das suas obras

ficaram inacabadas e só terem sido postumamente publicadas.

Da contracapa


O Autor


Irineu Cruz é médico gastrenterologista aposentado do Hospital de São

Bernardo, em Setúbal.

Tem obra publicada relativa a estudos patobiográficos, nomeadamente

sobre Hemingway e Fernando Pessoa.


Edição da Editorial Caminho

HISTÓRIA DA ORTOPEDIA PORTUGUESA



Armando Moreno

 

A obra de Armando Moreno oscila entre dois polos fundamentais: o rigor científico que assiste às suas publicações na área do ensaio, nomeadamente da História da Medicina, e uma imaginação fértil servida por uma formação literária madura, obtida, por sua vez, em duas vertentes: a licenciatura pela Faculdade de Letras de Lisboa e o labor constante da escrita que sucessivamente se vem afirmando nas Letras portuguesas. Acresce ainda a sua formação de Doutorado em Medicina e Professor Catedrático.

Da badana

Nota de leitura

Uma pequena grande história da Ortopedia Portuguesa. Pequena no formato, grande pela originalidade do seu plano, pelo rigor e profundidade com que aborda o exercício desta Especialidade, ao longo do tempo e em contextos organizacionais diversos.

Esta obra estruturada em 4 capítulos, inicia-se com uma revisão da Ortopedia universal, para depois se focar no segundo capítulo, na história da Ortopedia em Portugal desde as suas origens, detalhando o desenvolvimento que, ao longo do tempo, esta especialidade experimentou nas 3 regiões: norte, centro, sul e ilhas, em vários tipos de organizações assistenciais. No terceiro capítulo, debruça-se sobre os aspectos sociais e clínicos da Ortopedia com um subcapítulo muito interessante sobre a evolução das técnicas e tratamentos, com destaque para as técnicas originais portuguesas e seus autores. E termina, com uma lista vasta de currículos e biografias de médicos ortopedistas portugueses.

Como Voltaire escreveu um dia “Pardonnez-moi, je n´ai pas eu le temps de faire court”, o Prof. Armando Moreno teve o tempo e a mestria para o fazer."

 

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

ARQUITECTURA BRANCA - OS SANATÓRIOS PARA A TUBERCULOSE EM PORTUGAL





 

José Avelãs Nunes

O que nos contam os sanatórios (…)? Como se vivia, durante meses a fio, na esperança de uma cura? Que mãos desenharam a arquitectura para a “peste branca”? São, estas, algumas das questões que o livro propõe responder, levantando o véu a um século de história de um Portugal, que se queria são.

Esta obra utiliza um percurso histórico abrangente e ilustrado com mais de 500 fotografias, alçados e outros documentos visuais, que ilustram a história da arquitectura e a história da medicina, tendo o sanatório para a tuberculose como protagonista.

Arquitectura Branca é o resultado de uma tese de doutoramento galardoada com o Prémio Victor de Sá de História Contemporânea* (2018).

*Em ex aequo com Emanuel Cameira.

Esta obra também foi distinguida com o prémio “Lusitania” da Academia Portuguesa de História, de 2022: https://academiaportuguesadahistoria.gov.pt/wp/premios/

 

O Autor

José Carlos Avelãs Nunes é Arquitecto, Doutor em Arquitectura (Universidade de Coimbra), Mestre em Arquitectura (Universidade da Beira Interior + Universidade de Brasília) e Mestrando em Gestão de Empresas (ISCTE-IUL). Desenvolveu um Pós-Doutoramento em História da Ciência, no CIUHCT (Universidade de Lisboa), onde é investigador. É, também, investigador colaborador no CEIS20 (Universidade de Coimbra).
Concluiu um Executive MBA (ISCTE-IUL + HEC Paris) e formações em tecnologia (MIT – Professional Education).

 

Edição da By the Book

HISTÓRIA DA ALEMANHA






Jacques Droz


A História de Alemanha é a história de uma nação secularmente dividida.

Desde a Idade Média até ao século XX, inúmeras foram as tentativas de unificação deste país.

Na presente obra, o historiador Jacques Droz analisa as origens dos diferentes movimentos que lutaram pela unidade alemã bem como os motivos internos e externos que os levaram ao fracasso.

 Da contracapa

O Autor

Jacques Droz (1909-1998) foi um historiador francês, especialista em história germânica e das ideias políticas.

Doutorou-se em 1945 com uma tese que investigou a influência da Revolução Francesa no liberalismo Renano, entre o Congresso de Viena em 1815 e a revolução de 1848.

Foi professor na Universidade de Clermont-Ferrand de 1947 a 1962. Neste último ano, Droz foi apontado como sucessor do professor Maurice Baumont na Sorbonne, onde lhe foi concedido o estatuto emérito em 1972. Muitas das suas obras foram traduzidas para alemão e o inglês.

 

Nota de rodapé

Esta pequena história da Alemanha, termina antes da queda do muro de Berlim. Foi publicada em França em 1985 e em Portugal em 1989.


Edição das Publicações Europa-América







 


sábado, 21 de janeiro de 2023

PIPOCAS COM TELEMÓVEL


 


e outras histórias de falsa ciência


Carlos Fiolhais e David Marçal

A falsa ciência que circula na internet, nos media, que se vê no supermercado e até - pasme-se! - na escola; a falsa ciência na saúde e a falsa ciência na própria ciência. Num livro bem-humorado e muito esclarecedor, os autores desmontam alguns «factos» pseudcientíficos que se construíram e alimentam no nosso quotidiano. Como eles próprios afirmam, «se a ciência pode ser divertida, a pseudociência é garantidamente muito divertida». Uma leitura informativa que expõe os logros mais actuais.

 Este livro conta histórias de falsa ciência. Abundam as aldrabices científicas na Internet, de que o vídeo que mostrava milho a transformar-se em pipocas devido à radiação de telemóveis é um bom exemplo. Também há muitas tretas nos media, a começar logo pelos horóscopos. As prateleiras de supermercado estão recheadas de falsas promessas de medicina preventiva, das quais o escândalo do «iogurtegate» é uma das mais delirantes. Mas, pasme-se, a falsa ciência também é praticada e ensinada nalgumas escolas e está bem mais presente do que julga na saúde. Nem as revistas científicas e as universidades escapam, pois também aí se encontra uma boa colecção de fraudes que mais cedo ou mais tarde acabam por ser descobertas.

Não há lugares seguros.

A única segurança terá de estar no leitor: uma atitude crítica poderá evitar-lhe contratempos e poupar dinheiro. Lembre-se de que a ciência assenta na observação, na experiência e na correcção de erros, e não nas palavras de pretensas autoridades que nunca aceitam ser corrigidas. Não se deixe enganar!

Da contracapa


 Os Autores

Carlos Fiolhais, doutorado na Universidade Goethe, em Frankfurt am Main, em 1982. É professor de Física na Universidade de Coimbra. Publicou mais de 60 livros, alguns deles editados noutros países, entre os quais, na Gradiva, Física Divertida, Nova Física Divertida, A Coisa Mais Preciosa que Temos, Curiosidade Apaixonada, Engenho Luso e Outras Crónicas, Darwin aos Tiros e Outras Histórias de CiênciaPipocas com Telemóvel e Outras Histórias de Falsa CiênciaA Ciência e os seus Inimigos e Apanhados pelo Vírus (os quatro últimos com David Marçal). Foi Director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra.

É um dos cientistas e divulgadores de ciência mais conhecidos em Portugal. Foi agraciado com vários prémios e distinções, entre os quais um Globo de Ouro da SIC e a Ordem do Infante D. Henrique.

David Marçal, doutorado em Bioquímica pela Universidade Nova de Lisboa (2008). Foi jornalista de ciência no jornal Público e autor do Inimigo Público. Autor de vários espectáculos de teatro e programas de televisão sobre temas científicos. Co-autor, com Carlos Fiolhais, dos livros Darwin aos Tiros e Outras Histórias de Ciência (Gradiva, 2011) e Pipocas com Telemóvel e Outras Histórias de Falsa Ciência (Gradiva, 2012). Coordenador e co-autor do livro Toda a Ciência (Menos as Partes Chatas) (Gradiva, 2013). Em 2010 venceu os prémios Químicos Jovens e Ideias Verdes.

Edição da Gradiva





sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

AUTÓPSIA DE UM MAR DE RUÍNAS


 


João de Melo

UM QUARTEL ERGUE-SE AO ALTO, SOBRE UM MORRO ESTRATÉGICO DE CALAMBATA, E DUAS ALDEIAS AFRICANAS, EM BAIXO, VIVEM AO CORRER DOS CAMINHOS DE IDA E VOLTA DA GUERRA.

Autópsia de Um Mar de Ruínas, romance singular pela dupla perspectiva da guerra colonial que nos apresenta, comporta duas narrativas paralelas: uma centrada na acção dos militares portugueses no Norte de Angola, outra num quotidiano de medo e miséria, na revolta silenciosa e fria, na vitimização de duas sanzalas. Numa delas vivem pessoas de distintas etnias que para ali foram desterradas sob suspeita de relação familiar ou cumplicidade com os guerrilheiros; a outra aldeia fundaram-na soldados que desertaram dos exércitos de libertação e se renderam à tropa, para com ela combater  a guerrilha que se infiltrava em território angolano a partir da fronteira.

Eis, pois, um romance construído sobre duas linguagens, dois pontos de vista, duas razões sociais, duas histórias dentro da História contemporânea do colonialismo e da guerra - a realidade adversa de dois universos humanos em situação de emergência. Se o assunto e a narrativa alternam ao longo do romance, é contudo na dupla linguagem do autor que se centra a diferença desses dois mundos em guerra, sob a vertigem do mal e através da criação de vozes e de narradores distintos, no fulgor de uma escrita literária em sintonia com a experiência do vivido.

Este foi o mundo que o autor conheceu em Angola, ao longo de mais de dois anos de comissão, como enfermeiro militar, entre centenas de homens, mulheres e crianças, por conta das suas dores de alma, das suas doenças, dos males de viver e morrer na guerra.

Da contracapa

 O Autor

João de Melo nasceu nos Açores, em 1949, e fez os seus estudos no continente. Licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa e foi professor nos ensinos secundário e superior. Entre 2001 e 2010, desempenhou o cargo de conselheiro cultural na embaixada de Portugal em Madrid.

Com mais de vinte livros publicados (ensaio, antologia, poesia, romance e conto), tem obras traduzidas em Espanha, França, Itália, Holanda, Roménia, Bulgária, Alemanha, Estados Unidos, México e Croácia.

 O seu romance Gente Feliz com Lágrimas recebeu os maiores galardões e continua a ser uma referência na sua carreira literária.                     

Lugar Caído no Crepúsculo (2014) marcou o seu regresso ao romance após um longo interregno.

Foi-lhe atribuído em 2016 o Prémio Vergílio Ferreira, coroando a sua brilhante carreira literária.

 

Nota de rodapé

João de Melo escreve este livro literariamente admirável com uma linguagem quase poética.

Uma das melhores obras de ficção sobre a guerra colonial.

FC

  

Edição da D. Quixote


quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

EGAS MONIZ - UMA BIOGRAFIA


João Lobo Antunes

Esta é a primeira biografia de uma das mais fascinantes personalidades médicas do século XX, a quem se devem duas contribuições científicas fundamentais: a angiografia, uma técnica que permite a visualização dos vasos cerebrais, e a psicocirurgia, o primeiro tratamento cirúrgico de certas doenças psiquiátricas, agora ressuscitada em consequência de progressos tecnológicos recentes.

 António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz nasceu em 1874 em Avanca e formou-se na Universidade de Coimbra. A sua tese sobre “A vida Sexual” tornou-se um sucesso de vendas. Em 1911 transferiu-se para a Universidade de Lisboa como Professor de Neurologia. Até 1919 foi um político activo, chegando a Ministro de Negócios Estrangeiros no governo de Sidónio Pais, e chefiando a delegação portuguesa à Conferência de Versalhes no final da Grande Guerra.

Entre as várias distinções que recebeu conta-se o Prémio Pessoa (1996) e o Prémio da Universidade de Lisboa (2013). Foi ainda agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (2004) e Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago de Espada (2014), que distingue o mérito literário, científico e artístico.

Esta é uma narrativa que o autor pretendeu que fosse objectiva e crítica, e para a qual dispôs de numerosos documentos e cartas inéditos e do testemunho de colaboradores e familiares de Egas Moniz. Irá certamente contribuir para o melhor conhecimento de um português que para muitos permanece ainda uma figura obscura, que foi político,  diplomata,  homem das letras e do mundo, um clínico de sucesso e um cientista improvável.

 O Autor

João Lobo Antunes (1944-2016), foi  Professor Catedrático de Neurocirurgia da Faculdade de Medicina de Lisboa. Director do Serviço de Neurocirurgia do Hospital de Santa Maria. Fundador e presidente do Instituto de Medicina Molecular, assumiu ainda a presidência do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Defensor de uma visão humanista da medicina e detentor de vasta cultura, publicou sete livros de ensaios: Um Modo de Ser (1996), Numa Cidade Feliz (1999), Memória de Nova Iorque e Outros Ensaios (2002), Sobre a Mão e Outros Ensaios (2005), O Eco Silencioso (2008),  Inquietação Interminável (2010) e Ouvir Com Outros Olhos (2015); uma biografia de Egas Moniz (2010); e, na colecção «Ensaios» da Fundação Francisco Manuel dos Santos, A Nova Medicina (2012).

Edição da Gradiva

 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

ARTIGOS SOLTOS - TEXTOS DE OPINIÃO

 


João Paulo G.  Almeida e Sousa

 

Reler estes textos é uma forma de verificar como pensávamos antes, rever os diagnósticos e a identificação de diversos problemas, olhando-os pelo prisma do presente e verificar as respostas que porventura tenham vindo a ser encontradas…. ou ainda não, sem qualquer tipo de revivalismo. (….)

Afinal esta pequena coletânea junta um conjunto de reflexões dispersas ao longo de anos, de forma despretensiosa, com a noção de que temos dúvidas e também nos enganamos, e que nem sempre existe uma única via para encontrar soluções.

Demonstramos que não andámos distraídos face ao que ia acontecendo à nossa volta, no que respeita às nossas áreas de intervenção profissional no Serviço Público. (…) esta publicação não é uma necessidade de exercício de afirmação pessoal ou de encapotada vaidade. Representa tão só a vontade de deixar compiladas as diversas reflexões que genuinamente me foram preocupando ao longo de décadas de exercício profissional dedicado ao Serviço Público e ao SNS.

Os temas tratados, como o leitor comprovará  são maioritariamente respeitantes a áreas relacionadas com a minha intervenção operativa como a Medicina de Emergência ou a Medicina Intensiva, uma paixão, e a doação de órgãos, uma vivida preocupação solidária sentida para além do dever profissional.


O Autor

João Paulo Gaspar de Almeida e Sousa nasceu em Coimbra, a 2 de agosto de 1954.

Licenciado em Medicina pela Universidade de Coimbra em 1978. Sócio fundador do Sindicato dos Médicos da Zona Centro. Possui Pós-graduação em Gestão das Unidades de Saúde (Universidade Católica). Pneumologista por opção e intensivista por paixão, exerce funções no SNS como assistente hospitalar graduado sénior no Serviço de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Possui o European Diploma in Intensive Care Medicine e foi assistente convidado da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. No CHUC, assumiu, até 2016, funções de director da UGI e na AGI d Urgência e Cuidados Intensivos, tendo sido coordenador hospitalar de doação. É consultor do IPST, membro da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva  e da Comissão Instaladora da Competência em Medicina Militar da Ordem dos Médicos.

De 2016 a 2019 exerceu o cargo de presidente do Conselho Directivo do Instituto Português do Sangue e da Transplantação. Integrou o Conselho Regional do Centro da OM (1999 e 2004) e a direção da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos (2006-2011) e foi o Coordenador da Comissão para a Criação e Admissão por Consenso à Competência em Emergência Médica.

Na OM, na SPCI e no IPST participou em diferentes grupos de trabalho, cujos resultados se traduziram em documentos publicados. 

Tem dedicado também uma parte da sua vida à pesquisa histórica e à escrita. É autor dos livros “Andaram por aqui os Franceses” (2016) e “Memórias da Vila da Irmânia”. (2022)


Das badanas


Edição da MinervaCoimbra

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

O MASSACRE DOS JUDEUS - LISBOA, 19 DE ABRIL DE 1506



 

 

Susana Bastos Mateus e Paulo Mendes Pinto

Uma obra a assinalar os 500 anos sobre o massacre que a 19 de Abril de 1506, vitimou perto de quatro mil judeus em Lisboa e que ficou conhecido como um dos mais cruéis da história.

Sinopse da Editora

 Os Autores

Paulo Mendes Pinto é director da Licenciatura em Ciência das Religiões na Universidade Lusófona e presidente da comissão instaladora da Associação Portuguesa para o Estudo das Religiões. É ainda coordenador de investigação da Cátedra de Estudos Sefarditas «Alberto Benveniste» da Universidade de Lisboa.

Licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (2001), Susana Bastos Mateus é, actualmente, bolseira de Doutoramento da FCT com o projecto de dissertação: «A comunidade sefardita de Lisboa (1480-1548)». Investigadora da Cátedra de Estudos Sefarditas Alberto Benveniste, foi também bolseira de investigação científica no projecto Dicionário Histórico dos Sefarditas Portugueses - Corpo prosopográfico de homens de cultura e de ciência.

 

Edição da ALÊTHEIA EDITORES

 


segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

O MILAGRE EUROPEU




Eric Jones

 

Por que é que os Estados e as economias modernas se desenvolveram primeiro neste subcontinente semiperiférico que é a Europa? Este é, na verdade, um problema que está subjacente a todos os estudos sobre a industrialização e sobre o desenvolvimento económico. Utilizando um método analítico comparativo, Eric Jones encara o crescimento económico como resultando da interacção entre dois factores, o meio ambiente e o sistema político, concluindo que essa interacção foi favorável, no caso europeu, ao contrário do que aconteceu no Império Otomano, na Índia e na China.

Da contracapa

 

O Autor

Eric Jones (1936) é um economista e historiador britânico-australiano. Doutorado em história econômica pela Universidade de Oxford.

De 1970 a 1975, foi professor de economia na Northwestern University, nos Estados Unidos. De 1975 a 1994, foi professor de economia e história da economia na La Trobe University, na Austrália. Desde o início dos anos 2000, é professor emérito de sistemas econômicos e ideias na La Trobe University.

Jones também foi consultor de empresas e organizações internacionais, entre as quais o Banco Mundial

 

Edição da Gradiva

 

SESSÃO DE APRESENTAÇÃO DO LIVRO : AMOR, MATEMÁTICA E OUTROS PORTENTOS







 

domingo, 15 de janeiro de 2023

A VIDA PRIVADA DE ILDA GOMES






Pedro Freire Costa

 

Em A Vida Privada de Ilda Gomes e Outras Histórias encontra contos com inflexões de enredo surpreendentes e personagens comuns que acabam revelando facetas inesperadas.

Que mistérios esconde afinal a vida de Ilda Gomes? Qual a metamorfose da proposta de Óscar? Até onde vai a “Honra de Jogadores?”. Em “Uma fina Camada de Pó de Giz” desenrola-se um conjunto de memórias que varrem quatro décadas da vida do nosso país; porque nos diz o narrador que fez questão de ficar num quarto de hotel com vista para o farol da barra de Aveiro?

A Vida Privada de Ilda Gomes e Outras Histórias reúne um conjunto de contos que prenderão e encantarão o leitor. Relatos ora pungentes, ora hilariantes, personagens marcantes, inesperadas, uma prosa cativante, inspiradora, cheia de surpresas.

Da contracapa

 

O Autor

Pedro Freire Costa, nasceu em 1950, em Lisboa. Escreve ficção. Além deste livro publicou O  Tempo da Ceia (Quetzal) e um romance juvenil, O Mercador da Galáxia (Ed. Bizâncio). Este foi distinguido com a inclusão no Plano Nacional de Leitura, recomendado para o 6ª ano (nível-III). Escreveu, traduziu, adaptou e encenou para teatro amador. Escreve para cinema e realizou – em parceria com a Videoteca de Lisboa – a curta metragem  (20’) Presa por um fio, adaptação cinematográfica de uma peça da sua autoria. Pinta paisagens; o seu meio preferido é a aguarela. É professor catedrático da NOVA Medical School |FCM |UNL

 

Edição da Bizâncio

  

sábado, 14 de janeiro de 2023

HISTÓRIA DA ESCRAVATURA


 


James Walvin

Uma grande síntese da história global da escravatura, desde a Antiguidade Clássica até ao Abolicionismo, em 1807, com especial incidência no tráfico negreiro do Atlântico.

James Walvin procedeu à selecção dos textos históricos que têm a capacidade de recriar o enquadramento social e económico que tornou possível – e até moralmente aceitável – uma instituição tão bárbara e desumana. Colocando lado a lado estes documentos históricos e a própria narrativa de Walvin, incisiva e impiedosa, do ponto de vista histórico, as duas perspectivas formam um estudo definitivo sobre o tráfico de escravos do Atlântico, permitindo a compreensão mais nítida da ascensão e queda de um dos episódios mais vergonhosos da história europeia, bem como das repercussões que ainda se fazem sentir na sociedade contemporânea.

O autor sugere que a viabilidade económica dos territórios colonizados da América do Norte ficou a dever‑se ao uso de escravos para o trabalho nas plantações. Na época, considerava‑se que os índios americanos nativos eram desprovidos da imunidade necessária para sobreviver às enfermidades trazidas pelos colonos brancos. O trabalho escravo foi determinante para o sucesso das primeiras plantações de açúcar e tabaco, que conduziu a uma procura crescente destes produtos na Europa, o que alimentava, por sua vez, a expansão do tráfico de escravos transatlântico.

Walvin sugere ainda que a riqueza e a posição de poder hoje ocupada pela Grã‑Bretanha e pelos Estados Unidos se deve, em grande medida, à exploração dos escravos, uma vez que os bens produzidos por estes eram fundamentais na economia de ambos os países. Para além disso, o trabalho escravo fomentou e acelerou a própria Revolução Industrial e a emergência da indústria capitalista.

 Portanto, Walvin considera que esta é uma dívida ainda não saldada, pois, para além de todos os infames pressupostos morais que possibilitaram a exploração de trabalho escravo, os danos infligidos no continente africano incluem uma perda maciça de população e o desrespeito pelas estruturas sociais, de modo a assegurar o tráfico negreiro ao longo de mais de quatro séculos. A perda de dignidade, devido ao facto de lhes ser sistematicamente negada a humanidade por parte dos europeus – o único modo de justificarem o tratamento que lhes davam – foi talvez a consequência social mais insidiosa.

Sinopse da Editora

 

“Arrancado a um estado de inocência e liberdade de forma tão cruel e bárbara, e assim remetido para um estado horror e escravatura: eis uma situação de abandono que é mais fácil imaginar do que descrever.”

Ottobah Cugoano, 1787

(escravo sobrevivente de uma viagem transatlântica)

Da contracapa

 


O Autor

James Walvin foi professor durante vários anos na Universidade de York, onde hoje ocupa o cargo de professor emérito de História, tendo sido também professor visitante em várias universidades das Caraíbas, dos EUA e da Austrália. É autor de diversos livros sobre história da escravatura e do comércio de escravos, como Black Ivory: A History of British Slavery. A sua obra Black and White foi galardoado com o prémio Martin Luther King Memorial.

 

Publicado pelas Edições Tinta da China

 

 


sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

MEMÓRIAS DA VILA DA IRMÂNIA

 




Realidade e utopia por terras de Mortágua nas primeiras décadas do Séc. XX


João Paulo Gaspar de Almeida e Sousa

 “Memórias da Vila da Irmânia – A realidade e a utopia por terras de Mortágua nas primeiras décadas do Séc. XX” é um livro que nos remete para a Utopia em torno da designação de Irmânia e as atividades na Vila da Irmânia, nome atribuído no início do séc. XX à aldeia da Marmeleira (concelho de Mortágua), que fica no coração da região da Irmânia.

No início do século passado, esta localidade sobressaiu no mapa republicano, destacando-se a figura de Basílio Lopes Pereira, advogado, republicano, maçon e forte opositor à Ditadura Nacional e ao Estado Novo, nos anos trinta e quarenta do século passado, tendo estado inclusivamente preso no Tarrafal. Também os seus irmãos de sangue (um médico e outro Oficial do Exército) possuíam a mesma matriz cívica, tendo estado deportados em Timor-Leste depois do 26 de Agosto de 1931.

Neste livro, o autor pretende ressaltar os exemplos dos sacrifícios, da coragem e da determinação de muitos em defesa dos valores e princípios em que acreditavam, e os factos que transparecem da Utopia de um Homem! 

Sinopse


A dimensão da pesquisa e narrativa em torno da utopia e esoterismo por terras de Mortágua, são dominados e omnipresenteados  pelo sonho de um Homem, Basílio Lopes Pereira, em torno do nome Irmânia: a Vila da Irmânia, a região da Irmânia, a Escola Livre da Irmânia e outras actividades.

Não dá para pensar porque é que um dos dois únicos centros republicanos da Beira Alta, aquando da implantação da República, estava na Marmeleira? E o que dizer de alguém querer dar um nome diferente à sua aldeia, fruto de uma utopia pessoal, e conseguir o seu uso nos sobrescritos do correio? Por exemplo não será estranha a existência de actividade maçónica organizada numa aldeia da Beira Alta? Como justificar como utopia que uma região tenha uma forma geométrica e uma designação de cariz esotérico? E que movimentações socioculturais explicam a intensa actividade cultural numa aldeia de Mortágua, com a criação de um jornal, um teatro, uma Biblioteca Popular e mais tarde de uma Escola Livre?

Da contracapa

O Autor

 

João Paulo Gaspar de Almeida e Sousa nasceu em Coimbra, a 2 de agosto de 1954. Tem raízes familiares em Mortágua, mantendo forte ligação a esta Terra, não dispensando visitá-la pendularmente. 

Licenciou-se em Medicina em Coimbra exercendo funções no SNS como médico intensivista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. 

As preocupações humanistas assumem em si o gosto de olhar as Pessoas e os Territórios, do passado ao presente, numa visão holística de que é mister a História. Neste contexto surge a ligação ao Núcleo Museológico da Irmânia e a valorização de assuntos históricos, ligados ao território de Mortágua. É um apelo já manifestado com o livro “Andaram por aqui os franceses….A 3ª Invasão Francesa em Mortágua”(2016). 

A presente obra, germinada há anos, sofreu vicissitudes na sua escrita, condicionadas pela actividade profissional, com a interrupção pela sua incursão, com outras funções no Serviço Público, no Instituto Português do Sangue e da Transplantação. O regresso permitiu-lhe continuar, nos intervalos da sua actividade, a pesquisa e a escrita apaixonadas sobre os acontecimentos e os Cidadãos referidos neste livro, que não quis “deixar para trás”

Edição da MinervaCoimbra