sábado, 31 de dezembro de 2022

KARKINOS


 

"O velho / novo morador das mamas"

João Carlos Fortuna Campos


Doença tão velha, havendo descrições com milhares de anos, atravessou tantos séculos sem possibilidade de cura e chega ao nosso século, e nós continuamos a dizer que a última palavra ainda não foi escrita acerca do melhor e do mais eficaz tratamento.

Este cancro parece ser novo, ou pelo menos conhecemo-lo melhor.

É uma doença plena de heterogeneidade, quer na clínica, quer na morfologia e ainda na biologia.

A luta da ciência continua incessante, de modo a tentar descobrir a cura …

Presentemente novos fármacos estão em investigação; alguns deles podem promover a ativação do sistema imunológico, através de moléculas biológicas e assim auxiliar os nossos anticorpos a tentarem vencer as células malignas.

                                                                                    Da contracapa

O Autor

João Fortuna Campos, Cirurgião Geral, aposentado da função pública. Adquiriu todos os títulos da Carreira Médica Hospitalar. Obteve o título de Cirurgião Geral pela Ordem dos Médicos com prestação de provas públicas.


Foi membro do Colégio da Especialidade de Cirurgia Geral da Ordem dos Médicos. Apresentou inúmeros trabalhos, em Reuniões Científicas Nacionais e Internacionais. Criou a 1.ª Consulta de Senologia em Lisboa, fora do IPO, no Hospital do Desterro. Foi sócio fundador da Associação de Mulheres Mastectomizadas "Ame e viva a vida".


Continua a desenvolver Acções de Sensibilização sobre a patologia mamária em vários locais de trabalho, apelando à Responsabilidade Social das empresas para que incentivem as suas colaboradoras a fazer diagnóstico precoce do Cancro da mama. Nos tempos de lazer, procura fazer palestras sobre os seus antepassados cirurgiões, e assim tornou-se membro da secção de História da Medicina da Ordem dos Médicos, onde já apresentou várias comunicações.


Edição da Chiado Books


O MÉDICO DE CÓRDOVA

 


Herbert Le Porrier

Em Córdova, na Andaluzia, o turista ainda hoje pode ver o busto em bronze de uma personagem de rosto emaciado e olhar de águia: a inscrição diz-nos que se trata de Moisés Maimónides, médico judeu, nascido em 1135 nessa cidade, na época em que ela atingira o seu apogeu.

Ali viviam em harmonia árabes, cristãos e judeus, oferecendo ao mundo um modelo nunca mais igualado de civilização e de tolerância.

Aos doze anos, o jovem Moisés Maimónides tornar-se-ia discípulo do grande pensador árabe Averróis, antes de se apaixonar pelo estudo da medicina.

A partir dos treze anos experimentou uma longa errância em redor do litoral mediterrânico.

Aquele a quem os escolásticos cristãos dariam o nome de «Águia da Sinagoga» por ter tentado, antes de Tomás de Aquino, conciliar a Bíblia e Aristóteles, foi forçado ao exílio devido ao fanatismo dos novos conquistadores árabes.

Expulso da Palestina pelos Cruzados, acabou os seus dias no Cairo, como médico e amigo do sultão Saladino, e também enquanto médico dos pobres.

Morreu em 1204, tendo deixado uma obra filosófica e científica que iria brilhar ao longo dos séculos por todo o Ocidente.

O Médico de Córdova é o romance da sua vida apaixonante.


                                                                         Da contracapa


O Autor

Herbert Le Porrier (1913-1977), médico de profissão, deixou uma notabilíssima obra como ficcionista, dramaturgo e ensaísta.

Estreou-se, em 1945, com La Mue, romance que retratava a adolescência. O seu derradeiro livro, Le Luthier de Crémone, seria publicado no próprio dia do seu falecimento. O médico de Córdova recebeu o prémio dos livreiro de 1975.

 

Edição da Editorial Bizâncio




sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

CIRURGIA DO CANCRO DA MAMA


 

Narrativa Histórica

João Fortuna Campos


Conhecido desde a antiguidade, o cancro da mama continua a constituir um dos maiores problemas de saúde pública. 

A radicalidade do tratamento cirúrgico – mastectomia radical – emergiu no século XVIII, para se tornar exclusiva na segunda parte do século XIX com William Halsted, e durante cerca de cem anos, foi considerada o “estado da arte”. Sendo uma doença plena de heterogeneidade, quer na clínica, quer na morfologia  e ainda na biologia, provocou controvérsia entre os cirurgiões acerca da eficácia do tratamento agressivo e da qualidade de vida após o mesmo. Dada a alta taxa de recorrência local e posterior metastização, sem uma mais-valia no tempo de sobrevida levou à execução de cirurgias menos radicais. 

Assim, nasceu o conceito de cirurgia conservadora, na qual só se remove o tumor sempre com margens livres, preservando ao mesmo tempo a forma e o aspecto da mama, e que é a prática hoje aceite em todo o mundo. 

A narrativa histórica deste livro mostra o papel da evolução da cirurgia na tentativa de poder ajudar na cura desta doença, em conjunto com outros tratamentos.

                                                                  Da contracapa


O Autor

João Fortuna Campos, Cirurgião Geral, aposentado da função pública. Adquiriu todos os títulos da Carreira Médica Hospitalar. Obteve o título de Cirurgião Geral pela Ordem dos Médicos com prestação de provas públicas.


Foi membro do Colégio da Especialidade de Cirurgia Geral da Ordem dos Médicos. Apresentou inúmeros trabalhos, em Reuniões Científicas Nacionais e Internacionais. Criou a 1.ª Consulta de Senologia em Lisboa, fora do IPO, no Hospital do Desterro. Foi sócio fundador da Associação de Mulheres Mastectomizadas "Ame e viva a vida".


Continua a desenvolver Acções de Sensibilização sobre a patologia mamária em vários locais de trabalho, apelando à Responsabilidade Social das empresas para que incentivem as suas colaboradoras a fazer diagnóstico precoce do Cancro da mama. Nos tempos de lazer, procura fazer palestras sobre os seus antepassados cirurgiões, e assim tornou-se membro da secção de História da Medicina da Ordem dos Médicos, onde já apresentou várias comunicações.


Editado pela By the Book

BERLIM, 1919 - 1933

 


Gigantismo, crise social e vanguarda: a encarnação extrema da modernidade.


Berlim, nos tempos da República de Weimar. Apenas catorze anos de democracia, entre o Império dos Hohenzollern e o Império Nazi (o III Reich). Catorze anos de produção de obras de arte, de inovações técnicas e de um fervilhar intelectual verdadeiramente excepcionais, embora tendo como pano de fundo a inflação, o desemprego, as lutas sociais.

Metrópole operária, a maior cidade comercial da Europa e capital da racionalização em todos os domínios industriais e domésticos, Berlim assemelha-se então a uma efervescente metrópole americana, numa atmosfera mais de apocalipse do que de "anos loucos", com os seus meios de alta-sociedade, com os seus lugares de má-fama e os seus inúmeros teatros, cinemas, cabarés e grandes armazéns.

Da revolta do expressionismo quase em extinção ao escárnio dadaísta e às primeiras manifestações de um realismo violentamente caústico, ocorreu a irrupção de uma geração nova: Otto Dix e Ernst Piscator, Bruno Taut e Berthold Brecht, Kurt Weill e Fritz Lang... até à bancarrota em Wall Street e à chegada de Hitler ao poder, a 30 de Janeiro de 1933. Será que este período mítico foi a prefiguração da Berlim de finais do Século XX?


Edição francesa dirigida por Lionel Richard

Edição portuguesa dirigida por Carlos Araújo

Da contracapa


Editado pela Terramar

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

MÉDICOS E SOCIEDADE

 




Para uma
 
História da Medicina em Portugal

no século XX

Durante o século XX, os médicos foram um motor decisivo na transformação da sociedade portuguesa.

O seu papel foi determinante na proteção sanitária das populações, na luta contra as epidemias, na proposta de campanhas de prevenção e, sobretudo, no alargamento da assistência médica a todo o território. Participaram, também, na organização do ensino médico e da investigação, planearam e dirigiram hospitais, ao mesmo tempo importavam para o país as mais recentes aquisições da medicina moderna.

Alguns deles contribuíram para a cultura em áreas muito diversas, onde deixaram obras de grande qualidade.

Este livro  pretende dar uma ideia deste período de 100 anos, através de narrativas capazes de interessar não apenas os médicos,  como como também os historiadores e o público em geral. 

Apresenta um leque de cerca de quarenta Autores de referência no panorama da medicina e da cultura.

 

Da contracapa

Coordenador

A.J. Barros Veloso

Editores

A.J. Barros Veloso
Luís Damas Mora
Henrique Leitão

Autores 

Henrique Leitão
A. J. Barros Veloso
Luís Graça
Isabel Amaral
José Luís Dória
Teresa Neto
Cristiana Bastos
Margarida de Magalhães Ramalho
Jorge Costa Santos
Rita Garnel
Carlos Vieira Reis
Maria José Forjaz de Lacerda
A. Poiares Baptista
Luís Gardete Correia
António Perestrelo
João Pinho
Jorge Soares
Mário Bernardo
Isabel Fonseca
João Lobo Antunes
Ana Mehnert Pascoal
Luiz Damas Mora
Rita Lobo
Jorge Tavares
Mário Gonçalves
João Moreira dos Santos
Álvaro de Carvalho
Victor Ramos
José Fragata
José Rueff
Caldas Afonso
Juliana Oliveira
Pedro Cintra
Rui Paulo Moreno
João Rodrigues Pena
Luís Veloso
Walter Osswald
Jaime Nina

Edição da  By the Book


quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

UM MODO DE SER

 



João Lobo Antunes

O progresso científico e tecnológico das últimas décadas, o controlo cada vez mais vigilante dos políticos, dos media e dos próprios doentes, e a necessidade de trabalho em equipa, tiveram repercussões marcadas no ensino e na práctica da Medicina.

Neste volume de extremo interesse para os especialistas, mas igualmente acessível a leigos, o autor reflecte o modo pessoal de viver a Medicina, inspirado numa filosofia humanista que pretende preservar valores essenciais da profissão. Nestes ensaios abordam-se temas tão diversos como o ensino da ética, o erro, a alma, a dor, o hospital onde se ensina, a comunicação entre médico e doente, tomando como referência uma novela de Tolstoi, os males que afligem essa comunicação. Partindo da sua experiência, o autor medita ainda sobre o ensino e aprendizagem da sua especialidade e faz o elogio de algumas personalidades que o marcaram. De particular interesse histórico são uma breve nota sobre os encontros entre Cushing, pai da Neurocirurgia, e Reynaldo dos Santos, cirurgião iminente e historiador de Arte, e a correspondência inédita de Egas Moniz para o seu discípulo Almeida Lima.

 

 O Autor

João Lobo Antunes (1944-2016), foi neurocirurgião de relevo e Professor Catedrático de Neurocirurgia da Faculdade de Medicina de Lisboa. Fundador e presidente do Instituto de Medicina Molecular, assumiu ainda a presidência do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Defensor de uma visão humanista da medicina e detentor de vasta cultura, publicou sete livros de ensaios: Um Modo de Ser (1996), Numa Cidade Feliz (1999), Memória de Nova Iorque e Outros Ensaios (2002), Sobre a Mão e Outros Ensaios (2005), O Eco Silencioso (2008), Inquietação Interminável (2010) e Ouvir Com Outros Olhos (2015); uma biografia de Egas Moniz (2010); e, na colecção «Ensaios» da Fundação Francisco Manuel dos Santos, A Nova Medicina (2012).

Entre as várias distinções que recebeu conta-se o Prémio Pessoa (1996) e o Prémio da Universidade de Lisboa (2013). Foi ainda agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (2004) e Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago de Espada (2014), que distingue o mérito literário, científico e artístico.

J

Edição da Gradiva


domingo, 18 de dezembro de 2022

MEDICINA - A ARTE E O OFÍCIO

 





António José de Barros Veloso

No conjunto de textos reunidos neste volume são tratados assuntos ligados à teoria e à prática da medicina (história, crítica, reflexões, política de saúde, organização hospitalar, carreiras médicas, relação da medicina com a sociedade e a cultura, divulgação científica, etc.).

O autor procura transmitir os pontos de vista e as perplexidades de um médico que, ao longo da sua carreira clínica, assistiu às grandes transformações que a medicina e a saúde sofreram nos últimos 40 anos, sem nunca perder a perspectiva crítica e histórica de uma evolução que irá projectar-se no futuro.

Esta obra constitui um testemunho pessoal das crises, das tentativas reformadoras, dos interesses antagónicos e de alguns fracassos que atravessaram a medicina portuguesa nas últimas décadas.

O Autor

António José de Barros Veloso, médico, especialista em Medicina Interna, fez a sua carreira nos Hospitais Civis de Lisboa, onde desempenhou as funções de Director de Serviço.

Foi Presidente da Sociedade Médica dos Hospitais Civis de Lisboa e da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e é sócio fundador da Federação Europeia de Medicina Interna.

Actualmente, ocupa a presidência da Comissão de Ética para a Investigação Clínica.

É autor do livro Medicina. A arte e o Ofício e coordenador e co-autor do livro Medicina do Corpo, Medicina do Espírito: 50 anos de Medicina Interna.

Nas actividades extra-médicas dedicou-se ao estudo da azulejaria portuguesa e da música de jazz, áreas em que participou através da publicação de livros e artigos de opinião, palestras e actuações públicas.

Após a aposentação, frequentou o curso de filosofia da Faculdade de Letras de Lisboa e o mestrado de História e Filosofia da Ciência da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Publicado pela Gradiva