A tragédia de Stefan Zweig
Alberto Dines
A biografia de um biógrafo é um jogo que se faz com
espelhos e lentes. A de Stefan Zweig, o famoso escritor austríaco que viu no
Brasil o “País do Futuro”, exige outros instrumentos.
Explicar as razões do suicídio em Petrópolis daquele que
foi um dos autores internacionais de maior sucesso na primeira metade do século
passado requer uma equipa: um repórter diligente, um escritor sensível, um historiador experimentado, um psicólogo
atento e, sobretudo, alguém disposto a oferecer à personagem o manto da
compreensão.
Dines lançou em 1981 e 1982 as primeiras edições de Morte
no Paraíso, a Tragédia de Stefan Zweig e foi saudado como precursor de uma nova
geração de biógrafos.
Não contente, duas décadas depois, oferece uma visão ainda
mais ampla, profunda e tocante, “no lugar de uma aguarela, uma água-forte”.
O mundo de ontem transformado em hoje, com a presença do
mestre e amigo Sigmund Freud, do guia espiritual Romain Rolland, do protegido
Joseph Roth, do parceiro musical Richard Strauss. Ao fundo, a explosiva e
fascinante Viena, a incrível ascensão de Adolf Hitler, o horror da Segunda
Guerra Mundial, o drama dos refugiados, a insensibilidade de Salazar e o
oportunismo de Getúlio Vargas.
Uma biografia que é também uma viagem pelo tempo, mergulho
no passado para entender o presente.
Da contracapa
Editado pelo Círculo de Leitores em 2005
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