Jorge Luís Borges
Jorge Luis Borges
tornou-se o emblema do bom leitor, do verdadeiro amante e erudito da
literatura. Borges imaginou o paraíso como uma biblioteca e foi bibliotecário
por muitos anos, vivendo essa profissão como a de um guardião do tesouro das
letras. Em 1985, foi-lhe pedida a criação de uma «biblioteca pessoal», que
contaria com cem grandes obras. Borges morreu em 1986, antes que pudesse
concluir esse projeto, mas deixou uma lista de livros que refletem as suas
preocupações e gostos literários, bem como os prólogos dos primeiros sessenta e
quatro títulos da série: «Desejo que esta biblioteca seja tão variada quanto a
curiosidade que a mesma induziu em mim.»
Sinopse
da Editora
O Autor
Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo nasceu em Buenos Aires, em
24 de agosto de 1899, e morreu em Genebra, em 14 de junho de 1986. Em 1923,
publicou o seu primeiro livro, mas o reconhecimento internacional só chegou em
1961, com o Prémio Formentor, que partilhou com Beckett. A par da
poesia, Borges escreveu ficção, crítica e ensaio. Foi professor de literatura e
dirigiu a Biblioteca Nacional de Buenos Aires entre 1955 e 1973. A sua obra é
como o labirinto de uma enorme biblioteca, uma construção fantástica e metafísica
que cruza todos os saberes e os grandes temas universais.
Edição da Quetzal Editores
Nota de rodapé
Em boa hora a Quetzal editou esta obra de Borges. No final dos anos 90 só consegui encontrar este livro em castelhano, publicado
então pela Alianza Editorial. Cada um dos sessenta e quatro prólogos de livros de outros tantos escritores, escritos pelo autor do O
Fazedor, é uma pequena lição de literatura e um guia para leituras futuras.
Curiosamente, algumas obras selecionadas não são as mais representativas ou
conhecidas dos seus autores.
Kafka, Gide, Ibsen, Dostoievski, Cortazar, H. G. Wells, E. O´Neill, Melville,
G. Papini, J. Conrad, Bernard Shaw, Oscar
Wilde, Flaubert, Marco Polo, F. Quevedo, Herodoto, Kypling, Swift, Stevenson,
H. James, Voltaire, são alguns dos grandes autores que fazem parte desta
biblioteca, para além do nosso genial Eça de Queiróz, representado pelo O
Mandarim (1880) uma magnífica história fantástica.
Borges julgava-se assim: “No sé si soy un buen escritor; creo ser un excelente lector o, en todo caso, un sensible y agradecido lector”. F.C.
Sem comentários:
Enviar um comentário