Gigantismo, crise social e vanguarda: a encarnação extrema da modernidade.
Berlim, nos tempos da República de Weimar. Apenas catorze anos de democracia, entre o Império dos Hohenzollern e o Império Nazi (o III Reich). Catorze anos de produção de obras de arte, de inovações técnicas e de um fervilhar intelectual verdadeiramente excepcionais, embora tendo como pano de fundo a inflação, o desemprego, as lutas sociais.
Metrópole operária, a maior cidade comercial da Europa e capital da racionalização em todos os domínios industriais e domésticos, Berlim assemelha-se então a uma efervescente metrópole americana, numa atmosfera mais de apocalipse do que de "anos loucos", com os seus meios de alta-sociedade, com os seus lugares de má-fama e os seus inúmeros teatros, cinemas, cabarés e grandes armazéns.
Da revolta do expressionismo quase em extinção ao escárnio dadaísta e às primeiras manifestações de um realismo violentamente caústico, ocorreu a irrupção de uma geração nova: Otto Dix e Ernst Piscator, Bruno Taut e Berthold Brecht, Kurt Weill e Fritz Lang... até à bancarrota em Wall Street e à chegada de Hitler ao poder, a 30 de Janeiro de 1933. Será que este período mítico foi a prefiguração da Berlim de finais do Século XX?
Edição francesa dirigida por Lionel Richard
Edição portuguesa dirigida por Carlos Araújo
Da contracapa
Editado pela Terramar
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