sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

MEMÓRIAS DA VILA DA IRMÂNIA

 




Realidade e utopia por terras de Mortágua nas primeiras décadas do Séc. XX


João Paulo Gaspar de Almeida e Sousa

 “Memórias da Vila da Irmânia – A realidade e a utopia por terras de Mortágua nas primeiras décadas do Séc. XX” é um livro que nos remete para a Utopia em torno da designação de Irmânia e as atividades na Vila da Irmânia, nome atribuído no início do séc. XX à aldeia da Marmeleira (concelho de Mortágua), que fica no coração da região da Irmânia.

No início do século passado, esta localidade sobressaiu no mapa republicano, destacando-se a figura de Basílio Lopes Pereira, advogado, republicano, maçon e forte opositor à Ditadura Nacional e ao Estado Novo, nos anos trinta e quarenta do século passado, tendo estado inclusivamente preso no Tarrafal. Também os seus irmãos de sangue (um médico e outro Oficial do Exército) possuíam a mesma matriz cívica, tendo estado deportados em Timor-Leste depois do 26 de Agosto de 1931.

Neste livro, o autor pretende ressaltar os exemplos dos sacrifícios, da coragem e da determinação de muitos em defesa dos valores e princípios em que acreditavam, e os factos que transparecem da Utopia de um Homem! 

Sinopse


A dimensão da pesquisa e narrativa em torno da utopia e esoterismo por terras de Mortágua, são dominados e omnipresenteados  pelo sonho de um Homem, Basílio Lopes Pereira, em torno do nome Irmânia: a Vila da Irmânia, a região da Irmânia, a Escola Livre da Irmânia e outras actividades.

Não dá para pensar porque é que um dos dois únicos centros republicanos da Beira Alta, aquando da implantação da República, estava na Marmeleira? E o que dizer de alguém querer dar um nome diferente à sua aldeia, fruto de uma utopia pessoal, e conseguir o seu uso nos sobrescritos do correio? Por exemplo não será estranha a existência de actividade maçónica organizada numa aldeia da Beira Alta? Como justificar como utopia que uma região tenha uma forma geométrica e uma designação de cariz esotérico? E que movimentações socioculturais explicam a intensa actividade cultural numa aldeia de Mortágua, com a criação de um jornal, um teatro, uma Biblioteca Popular e mais tarde de uma Escola Livre?

Da contracapa

O Autor

 

João Paulo Gaspar de Almeida e Sousa nasceu em Coimbra, a 2 de agosto de 1954. Tem raízes familiares em Mortágua, mantendo forte ligação a esta Terra, não dispensando visitá-la pendularmente. 

Licenciou-se em Medicina em Coimbra exercendo funções no SNS como médico intensivista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. 

As preocupações humanistas assumem em si o gosto de olhar as Pessoas e os Territórios, do passado ao presente, numa visão holística de que é mister a História. Neste contexto surge a ligação ao Núcleo Museológico da Irmânia e a valorização de assuntos históricos, ligados ao território de Mortágua. É um apelo já manifestado com o livro “Andaram por aqui os franceses….A 3ª Invasão Francesa em Mortágua”(2016). 

A presente obra, germinada há anos, sofreu vicissitudes na sua escrita, condicionadas pela actividade profissional, com a interrupção pela sua incursão, com outras funções no Serviço Público, no Instituto Português do Sangue e da Transplantação. O regresso permitiu-lhe continuar, nos intervalos da sua actividade, a pesquisa e a escrita apaixonadas sobre os acontecimentos e os Cidadãos referidos neste livro, que não quis “deixar para trás”

Edição da MinervaCoimbra


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