Herbert Le Porrier
Em Córdova, na Andaluzia, o turista ainda hoje
pode ver o busto em bronze de uma personagem de rosto emaciado e olhar de
águia: a inscrição diz-nos que se trata de Moisés Maimónides, médico judeu,
nascido em 1135 nessa cidade, na época em que ela atingira o seu apogeu.
Ali viviam em harmonia árabes, cristãos e
judeus, oferecendo ao mundo um modelo nunca mais igualado de civilização e de
tolerância.
Aos doze anos, o jovem Moisés Maimónides
tornar-se-ia discípulo do grande pensador árabe Averróis, antes de se apaixonar
pelo estudo da medicina.
A partir dos treze anos experimentou uma longa
errância em redor do litoral mediterrânico.
Aquele a quem os escolásticos cristãos dariam
o nome de «Águia da Sinagoga» por ter tentado, antes de Tomás de Aquino,
conciliar a Bíblia e Aristóteles, foi forçado ao exílio devido ao fanatismo dos
novos conquistadores árabes.
Expulso da Palestina pelos Cruzados, acabou os
seus dias no Cairo, como médico e amigo do sultão Saladino, e também enquanto
médico dos pobres.
Morreu em 1204, tendo deixado uma obra
filosófica e científica que iria brilhar ao longo dos séculos por todo o
Ocidente.
O Médico de Córdova é o romance da sua vida
apaixonante.
Da contracapa
Herbert Le Porrier (1913-1977), médico de profissão, deixou uma notabilíssima obra como ficcionista, dramaturgo e ensaísta.
Estreou-se, em 1945, com La Mue,
romance que retratava a adolescência. O seu derradeiro livro, Le Luthier de Crémone,
seria publicado no próprio dia do seu falecimento. O médico de Córdova recebeu
o prémio dos livreiro de 1975.
Edição da Editorial Bizâncio
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